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domingo, 10 de julho de 2011

Esperei confiantemente pelo Senhor; Ele se inclinou para mim quando clamei por socorro...




Poucas situações na vida nos incomodam tanto como a espera. Aguardar a chegada de alguém; de uma confirmação ou notícia; de uma resposta à nossa solicitação ou até mesmo de uma encomenda, agita o nosso coração. A inquietude e a expectativa, não raramente, assumem o controle da mente e do corpo. Em decorrência de tal situação, ficamos nervosos e impacientes, restando aos que estão conosco a nobre disposição da paciência e da tolerância diante de nosso insuportável comportamento.

Passando por dias quentes e longas noites, o salmista Davi experimentou a difícil tarefa de esperar. Seu coração, em meio às perseguições, aos deslizes e às perdas, compreendeu o que significava aguardar no Senhor. Ele percebeu que o diferencial não estava na espera em si, mas como ele deveria aguardar.

Confiança e clamor são as duas palavras chaves que acompanham aqueles que esperam no Senhor. Confiam, por isso clamam. Lembram a si mesmos das promessas de Deus e através do seu Espírito encontram a tranquilidade e a convicção fundamentais à vida. Para os cristãos a fé não está firmada, primariamente, naquilo que eles esperam, mas nAquele em que eles esperam. O alvo de nossa confiança não são os resultados aguardados, mas Aquele que é poderoso para fazer mais do que imaginamos ou pedimos.

É certo que em nossas vidas podemos esperar muito pelo Senhor. Ele não nos decepcionará!


Rev. Sergio Andrade

Deão da Catedral Anglicana da S.S. Trindade.


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Pergunta feita por Prada Brasil no sítio Yahoo!Respostas.

Resposta dada por Bill à pergunta de Prada Brasil.
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Oi, Prada!

Muitos falam que se precisa cumprir os mandamentos de Deus pra ser abençoado, né? Mas Jó cumpria e foi provado mesmo assim.

Muitos falam que a provação é para ensinar algo, mas ensinar o que? O que Jó aprendeu? Como saber quando o livramento virá?

O livramento virá quando a fé for 100%.

Mas isso é possível?

Vamos por partes:

A primeira coisa que deve acontecer é crer que Deus existe e que Jesus é o salvador.

É assim que a fé começa, mas ainda não é 100%.

Após a salvação, vem o doutrinamento que o próprio Deus nos dá.

É esse doutrinamento que vai fazer com que a fé cresça.

Mas o que Deus nos ensina nesse doutrinamento?

Observe:

1 - Pureza.

Para alguém se tornar puro, obviamente precisa de purificação, ou seja, um grande esforço para localizar e retirar o mal de sua vida, pois precisa se tornar como uma CRIANÇA de novo.

Hã?

A criança não tem o mal dentro de si.

Olhe só:

Imagine uma pessoa que nasceu e foi criada entre marginais, com drogas e violência diários. Essa pessoa conhece o bem? Se ela estiver diante do bem, poderá identificá-lo? Ou seja, se dissermos a ela que existe amor, caridade, honestidade, compaixão e etc. Ela acreditará ou rirá em nossa cara?

Essa pessoa terá que experimentar a compaixão para saber de sua existência, não é? Pois apenas ouvir falar sobre a compaixão não é suficiente.

Porém, se houver outra pessoa que nasceu em um ambiente oposto. Alguém que viu o bem em toda a plenitude que as pessoas podem expressar. Se ele ver o mal, ela o reconhecerá?

Ex. Se esse alguém vir a mentira ou o roubo, ele precisará se tornar mentiroso e ladrão para perceber que esse é o mal?

É evidente que não.

Por isso, quem apenas conhece o mal tem dificuldades em identificar o bem. Precisa vivenciá-lo para comprovar sua existência. Entretanto quem sempre conheceu o bem pode vir a conhecer o mal sem, contudo, precisar experimentá-lo.

Por isso, a pessoa pura tem mais condições de se tornar sábia, pois, para ela, tanto o bem quanto o mal estão bem claros e definidos.

Porém, convém lembrar que: uma pessoa pura não é o sinônimo de uma pessoa ingênua, pois pureza significa apenas que alguém não foi contaminado ou foi purificado. Essa pureza permite distinguir tanto o bem quanto o mal. Ingenuidade refere-se apenas à pessoa que tem dificuldades em compreender o que acontece ao seu redor. Já vi, por exemplo, marginal ingênuo, ou seja, otário.

Bem, como acabamos de ver, para ver e perceber o mal, o mal não pode estar em nós.

Por isso Jesus diz que precisamos ser como crianças para compreender o Reino dos céus, pois crianças são puras.

2 – Como ocorre a purificação?

Confissão e arrependimento.

Uma pessoa ainda na infância tem a mente e a personalidade em formação, sua mente é um livro em branco. A educação recebida dos pais (ou a ausência dela), os amigos, professores, a TV, a rua e etc. é que vão escrever esse livro. Embora Deus nos dê liberdade de escolha, as outras pessoas, porém, não dão. Sendo assim, uma pessoa adulta nada mais é que o resultado de sua própria história de vida. Sua história não é, necessariamente, um fruto de suas próprias escolhas.

Sendo assim, o mal estará presente em nós, pois nós o assimilamos sem perceber durante toda a vida, por isso é necessário uma mudança de valores, uma renovação total da mente.

Jesus antes de começar seu ministério foi ao deserto orar por um tempo. Moisés, que teve educação de príncipe da maior potência mundial da época, ficou 40 anos no deserto como pastor de ovelhas, isolado, apenas após isso ele se tornou o maior líder da história de Israel. O apóstolo Paulo, extremamente culto e membro do sinédrio (tribunal da época), imensa honra pra alguém tão jovem, após sua conversão, também se isolou por um tempo, após isso foi o maior personagem bíblico depois de Jesus.

Cada um deles teve um tipo de vida e educação, mas após um período de profunda reflexão, se tornaram algo completamente diferente do que eram.
Cosmovisão

Mas para que isso acontecesse, tiveram que mudar completamente sua visão de mundo, trocar uma mente moldada pela vida, por outra de sua própria escolha.

A Bíblia diz em Rm 12.2: "E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela RENOVAÇÃO do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus."

Renovação do entendimento, esse é o segredo.

Para confessarmos nossos pecados a Deus é preciso uma análise profunda de si mesmo, além de muita coragem para tocar em assuntos dolorosos e humildade para reconhecer o mal e se arrepender dele.

No meio evangélico isso é conhecido como renúncia.

Quando reconhecemos todos os nossos pecados e nos arrependemos deles sinceramente, então o mal deixa de fazer parte de nós, mas para isso acontecer é necessária uma mudança total de padrões.

A Bíblia tem muitas regras e normas e a pessoa em processo de purificação precisa ser fiel a essas regras para sua proteção.

Mas o que um monte de regras e normas tem a ver com isso?

Esse é o próximo tópico.

3 – Crescer

Quando uma criança está crescendo, ela fica curiosa e quer mexer em tudo, inclusive onde é perigoso, como uma tomada, uma faca, um revólver e etc. Por isso, cabe aos pais impor limites para que a criança seja protegida, ou seja, leis são criadas.

A lei de Deus e a lei dos homens existem apenas para a proteção das pessoas e da sociedade.

Por isso, a pessoa em processo de purificação precisa seguir à risca as leis de Deus, pois ainda não conhece o bem, essa pessoa já confessou seus pecados e foi purificada, então se tornou como uma criança, por isso, precisa da mesma proteção que uma criança.

Mas não pode ficar como criança para sempre.

Quando uma criança cresce, as "leis" que seus pais impuseram ainda valem? Ou seja, ainda é proibido mexer na tomada, em uma faca ou revólver?

Quando uma criança cresce e se torna adulta, ou seja, madura. A maturidade lhe trás um conhecimento bem maior do mundo, de modo que as regras infantis perdem o sentido.

As Leis de Deus também funcionam assim, ou seja, com a maturidade vem a liberdade, foi isso que Jesus quis dizer com: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". O adulto conhece a verdade sobre a tomada, por isso é livre para manuseá-la.

Sendo o corpo nossa parte irracional, cabe ao espírito (possuidor de nossa inteligência) dirigi-lo. Mas se nosso entendimento não for desenvolvido, maduro, então, as consequências serão, obviamente, terríveis.

Por isso, existem leis quanto ao uso do corpo para nossa própria proteção e sobrevivência, porém, havendo maturidade, essas leis tornam-se desnecessárias (1 Coríntios 8*).


Apenas crianças ainda precisam de regras.

4 – Conclusão.

A pessoa que foi purificada discerne o bem e o mal com clareza, sendo madura, então entende como as coisas funcionam e seus riscos. A criança é proibida de colocar o dedo na tomada, mas o adulto pode ser eletricista.

Por isso a maturidade é importante, pois a pessoa madura consegue ter uma fé inabalável, uma fé que produz, de fato, uma paz completa no coração, mesmo que a adversidade ainda exista. Aliás, uma pessoa madura consegue qualquer coisa.

Assim, uma pessoa madura não precisa ser provada, não precisa ser ensinada, não precisa ser punida e nem vigiada, pois não é criança, é adulto.

Davi foi feito rei aos 13 anos (mais ou menos), mas só foi rei, de fato, aos 30. Penou por 17 anos.

José do Egito teve a revelação de que seria uma pessoa importante aos 17 anos, somente aos trinta foi liberto e se tornou governador do Egito. (penou como um condenado, literalmente, por 13 anos).

Eles foram purificados na marra até a maturidade, após isso, foram libertos e receberam de Deus algo proporcional à sua maturidade.

Foram livres.

Foi isso que Jó entendeu no cap. 42, por isso sua provação encerrou-se na mesma hora.

O objetivo final da provação é a fé em Deus, fé em 100% (Hebreus 11.6), só uma pessoa madura consegue isso. Por isso, pra quem é maduro, as regras também se tornam desnecessárias.

É isso.

Bjs,

Graça e paz!!
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* O apóstolo Paulo, em sua primeira carta aos coríntios, no capítulo 8 (citado acima), ele diz que não se deve comer carne sacrificada a ídolos e, ainda, coloca isso como regra. Mas, nesse mesmo texto, ele diz que comer desta carne não é problema algum, pois o ídolo nada é, mas ele colocou essa regra como proteção ao irmão fraco, o irmão ainda sem entendimento, por causa de sua consciência.

Ele fez uma regra que valia pra uns e não pra outros.

A intenção de alguns, conforme sua maturidade, é que determinará a importância desta ou daquela regra.


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